#365Posts – Não jogar pérolas aos porcos
Não tenho certeza de que todo mundo seja assim, mas vou considerar que sim, até provas em contrário: quando as pessoas têm alguma coisa prazerosa, boa, de valor, elas gostam de partilhar com as pessoas queridas estes “bens”, principalmente quando esta partilha não implique subtração (como quando se divide um conhecimento, uma crença, ou um simples pensamento. Principalmente em se tratando de bens subjetivos, algumas pessoas costumam estender o seu “amor” para a humanidade inteira com tal veemência que acabam tornando-se fanáticos em suas escolhas, sejam elas religiosas, sejam quanto ao sistema operacional favorito para seus celulares ou computadores.
Uma lição que me falta aprender ainda nesta encarnação — espero que dê tempo — é a de não jogar pérolas aos porcos, ou seja, não tentar empurrar goela abaixo aquilo que por me servir bem não necessariamente tem que ser útil ou desejável ou qualquer coisa para o meu semelhante.
Querendo ou não, ao tentar dar às pessoas algo que elas não querem o sujeito vira tirano, opressor, além de chato e sem graça.
Além disso, quando se dá uma pérola a quem não sabe apreciá-la perde-se uma coisa muito importante, que é o feedback pela informação ou conhecimento (ou seja lá o que for): é essa interação que permite tanto que o receptor tome consciência da informação quanto ao emissor que consolide suas crenças (ou conhecimentos), sem se deixar levar pelo lado “fácil” de simplesmente posar de sabichão e ninguém sabe mais nada.
Melhor, em vez de tentar dar o que for a quem não quer receber, guardar para ofertar as pérolas a quem delas queira fazer uso, que também costuma ser quem está melhor preparado para tal.