Técnicas de Lavagem Cerebral
Nas minhas andanças pela web, de vez em quando acabo encontrando umas coisas bem interessantes, como este documento: THE BATTLE FOR YOUR MIND por Dick Sutphen: Persuasion and Brainwashing Techniques Being Used on the Public Today (traduzindo livremente: A BATALHA PELA SUA MENTE: Técnicas de Persuasão e Lavagem Cerebral Usadas no Público Hoje).
Dei apenas uma passada de olhos no site do cara, e pelo que entendi ele é um destes novos gurus, que ganham dinheiro reprogramando a mente das pessoas.
Que fique bem claro que eu considero essa questão de (re)programação mental um fato que por si não é bom nem mau, apenas está aí o tempo todo. Sorte de quem tiver como agente de reprogramação (ou reparametração) alguém honesto e íntegro, capaz de respeitar a mente em reprogramação como respeitaria sua própria.
Voltando ao autor do texto: o trabalho dele é reprogramar mentes, mas nem por isso ele se furtou de denunciar os esquemas de lavagem cerebral que se utilizam hoje em dia para controlar as massas. Isso já seria suficiente para eu ter consideração pelo cara, pois ele demonstra que não só não teme que esse processo seja descoberto como deseja que isso ocorra. Desconfio que ele saiba de alguma coisa quanto à sua própria liberdade que será implicação da libertação de mais e mais mentes. Isso fica evidenciado no seguinte trecho:
I’m Dick Sutphen and this tape is a studio-recorded, expanded version of a talk I delivered at the World Congress of Professional Hypnotists Convention in Las Vegas, Nevada. Although the tape carries a copyright to protect it from unlawful duplication for sale by other companies, in this case, I invite individuals to make copies and give them to friends or anyone in a position to communicate this information.
Eu sou Dick Sutphen e esta fita é uma versão expandida, gravada em estúdio, de uma palestra que dei na Convenção do Congresso Mundial de Hipnotistas Profissionais em Las Vegas, Nevada. Embora a fita tenha direitos reservados para protegê-la de duplicação ilegal para venda por outras empresas, neste caso convido indivíduos a fazer cópias e dá-las a amigos ou a qualquer um em posição de comunicar essa informação.
É interessante notar como este tipo de assunto é tratado com desdém pela grande mídia. Com o advento da Internet se popularizando fica mais fácil de iniciativas isoladas se firmarem, e principalmente de esforços que seriam insignificantes, como um artigo escrito e enviado para alguns conhecidos, acabarem ganhando uma expressão tímida, mas de alcance mundial.
Voltando ao assunto principal, Sutphen diz que o mais básico dos fatos sobre lavagem cerebral é que EM TODA A HISTÓRIA DO HOMEM, NINGUÉM QUE SOFREU LAVAGEM CEREBRAL COMPREENDEU, OU ACREDITOU, QUE TENHA SIDO ASSIM. Os “cérebros lavados” usualmente vão defender com paixão os seus manipuladores, dizendo que estes apenas “mostraram-lhes a luz”… ou atestando que se transformaram de maneira milagrosa.
O primeiro ponto que o autor cita no artigo é a Conversão. Segundo ele CONVERSÃO é uma palavra bacana para LAVAGEM CEREBRAL, e qualquer estudo de lavagem cerebral tem que começar com o renascentismo cristão na América do século XVIII. Aparentemente, Jonathan Edwards acidentalmente descobriu a técnica durante uma cruzada religiosa em 1735 em Northampton, Massachusetts. Ao induzir culpa e pânico, e elevando a tensão (pressão), os “pecadores” que frequentavam suas reuniões se renderiam em completa submissão. Tecnicamente, Edwards estava criando condições para “limpar os cérebros”, de tal forma que as mentes aceitassem nova programação. O problema é que as novas proposições eram negativas. Ele lhes diria “Você é um pecador! Seu destino é o inferno!”. Como resultado um cometeu suicídio, e outro tentou o mesmo. E os vizinhos dos conversos suicidas relataram que eles, também, foram afetados tão profundamente que, embora eles tivessem encontrado “salvação eterna” estariam obsediados por uma tentação diabólica para o resto de suas vidas.
É possível que muita gente que use este tipo de expediente nem se dê conta de que está usando uma técnica de lavagem cerebral. Edwards apenas tropeçou numa técnica que funcionou, e outros copiaram e copiam por mais de 200 anos. E quanto mais sofisticado nosso conhecimento e a tecnologia, mais efetiva a conversão.
Indo além, ele fala nas três fases do cérebro, citando os estudos do russo Pavlov (de quem todo mundo já ouviu falar), no início do Século XX. Se o prezado leitor não lembra, Pavlov foi o cara aquele que estudou os condicionamentos, e fazia experiências com os bichinhos que salivavam ao ouvir a campainha da comida, mas não ousavam comer porque sabiam que tomariam porrada.
Pavlov identificou três estados distintos e progressivos de inibição transmarginal. Primeiro vem a fase EQUIVALENTE, na qual o cérebro dá a mesma resposta tanto a estímulos fracos quanto fortes. A segunda é a fase PARADOXAL, na qual o cérebro responde mais ativamente a estímulos fracos do que aos fortes. E a terceira é a fase ULTRA-PARADOXAL, na qual as respostas condicionadas e os padrões de comportamento mudam de positivo a negativo e de negativo a positivo.
Com a progressão através de cada fase, o grau de conversão se torna mais efetivo e completo. Os caminhos para a conversão são muitos e variados, mas o primeiro passo para a lavagem cerebral política ou religiosa é trabalhar as emoções de um indivíduo ou grupo até que elas alcancem um nível anormal de raiva, medo, excitamento ou tensão nervosa.
O resultado progressivo dessa condição mental é dificultar o julgamento e aumentar a sugestionabilidade. Quanto mais esta condição possa ser mantida ou intensificada, mais ela se compõe. Uma vez que a catarse, ou a primeira fase cerebral, é alcançada, a subjugação mental completa se torna mais fácil. Programas mentais existentes podem ser substituídos por novos padrões de pensamento ou comportamento.
Outras armas fisiológicas muito usadas para modificar as funções cerebrais normais são as dietas rápidas, radicais ou de alto nível de açúcar, desconfortos físicos, controle da respiração, entoar de mantras em meditação, a revelação de mistérios terríveis, iluminação especial e efeitos sonoros, resposta programada ao incenso, ou intoxicação por drogas.
Os mesmos resultados podem ser obtidos em tratamentos psiquiátricos contemporâneos aos tratamentos por eletrochoque e mesmo a diminuição proposital dos níveis de açúcar no sangue com injeções de insulina.
Seguindo no texto, Sutphen cita como trabalham os pregadores renascimentistas. Ele diz que se você quiser ver um pregador renascimentista agindo, provavelmente haverá diversos na sua cidade. Vá à igreja ou templo mais cedo e sente-se ao fundo, a cerca de três quartos da extensão do espaço às suas costas. Muito possivelmente uma música repetitiva estará tocando enquanto as pessoas entram para o serviço. Uma batida repetitiva, idealmente variando de 45 a 72 batidas por minuto (um ritmo próximo às batidas do coração humano), é muito hipnótica e pode causar um estado alterado de consciência com os olhos abertos numa alta percentagem de pessoas. E, dado que você esteja em estado Alfa, você estará pelo menos 25 vezes mais sugestionável do que seria em plena consciência beta. A música é provavelmente a mesma para todos os serviços, ou incorpora a mesma batida, e muitas das pessoas entrarão num estado alterado quase imediatamente após entrar no santuário. Subconscientemente, elas recobram seu estado mental da reunião anterior e respondem conforme a programação pós-hipnótica.
Observe as pessoas aguardado o início do serviço. Muitas exibirão sinais exteriores de transe — relaxamento corporal e olhos ligeiramente dilatados. Frequentemente começam a oscilar para frente e para trás com as mãos no ar enquanto se mantêm sentadas em suas cadeiras. Em seguida, o pastor assistente provavelmente aparecerá. Ele comumente fala com uma “registro vocal” muito bom. (Nota mental: verificar a melhor tradução para “voice roll”.)
E isso leva ao próximo ponto: a técnica do “registro vocal”. Um “registro vocal” é um estilo pausado, padronizado, usado por hipnotizadores quando induzindo um transe. Também é usado por muitos advogados, diversos destes hipnotizadores altamente treinados, quando desejam incutir firmemente um ponto na mente dos jurados. Um registro vocal pode soar como se o orador estivesse falando sob a batida de um metrônomo, ou pode soar como se ele enfatizasse cada palavra num estilo monótono e padronizado. As palavras serão pronunciadas normalmente a uma razão de 45 a 60 batidas por minuto, maximizando o efeito hipnótico.
Agora o pastor assistente inicia o processo de “acumulação”. Ele induz um estado alterado de consciência e /ou começa a gerar excitação e expectativa na audiência. Em seguida, um grupo de jovens mulheres em vestidos de “doce e puro” chifon aparecem para entoar uma canção. Canções gospel são ótimas para gerar excitação e ENVOLVIMENTO. No meio da canção, uma das garotas pode ser “tocada pelo espírito”, e cair ou reagir como se possuída pelo Espírito Santo. Isso muito efetivamente intensifica os ânimos no salão. Neste ponto, hipnose e táticas de conversão estão sendo misturadas. E o resultado é que a atenção da audiência está totalmente focada na comunicação, enquanto o ambiente se torna mais excitante ou tenso.
No momento em que for alcançado o estado mental alfa induzido na massa de olhos abertos, eles normalmente passarão o cesto de coleta. Ao fundo, um registro vocal de 45 batidas por minuto do orador assistente poderá exortar “Dê para Deus… Dê para Deus… Dê para Deus…” e a audiência dará. Deus pode nunca ter o dinheiro, mas seus “representantes” sim.
Depois, o pregador do fogo-e-ranger-de-dentes aparecerá. Ele induz medo e aumenta a tensão falando sobre “o diabo”, “ir para o inferno”, ou o Apocalipse vindouro.
Sutphen diz que no último “rally” desses a que foi, o pregador falou sobre o sangue que em breve estaria jorrando de cada torneira na terra. Também se obcecou com um “machado sangrento de Deus”, que todo mundo vira pairando sobre o púlpito na semana anterior. E Sutphen não duvida (nem eu) que todo mundo o viu mesmo — o poder de uma sugestão infligida a centenas de pessoas em hipnose garante que pelo menos de 10 a 25 por cento veriam qualquer coisa que lhes fosse sugerido ver.
Em muitos encontros renascentistas, os “testemunhos” normalmente seguem o sermão baseado em medo. Pessoas da plateia sobem ao palco e relatam suas histórias. “Eu era aleijado e agora posso andar!” “Eu tinha artrite, e agora ela se foi!” É uma manipulação psicológica que funciona. Após ouvir numerosos casos de curas milagrosas, o sujeito médio da plateia com um problema menor está certo que pode se curar. A sala é carregada com medo, culpa, excitação intensa, e expectativas.
Agora aqueles que querem ser curados são frequentemente alinhados junto aos limites da sala, ou são mandados que se apresentem em frente à plateia. O pregador pode então tocá-los na cabeça firmemente e gritar “seja curado!”. Isso libera a energia psíquica e, para muitos, resulta em catarse. Catarse é um “purgar” de emoções reprimidas. Os indivíduos podem chorar, cair ou mesmo serem acometidos de espasmos. E se a catarse for mesmo efetivada, ele tem uma oportunidade de ser realmente curado. Na catarse (uma das três fases cerebrais mencionadas antes) a lousa cerebral é temporariamente apagada e novas sugestões podem ser aceitas.
Para alguns, a cura pode ser permanente. Para muitos, vai durar de quatro dias a uma semana, o que é, incidentalmente, o quanto uma sugestão hipnótica dada a um sujeito sonâmbulo vai normalmente durar. Mesmo que a cura não perdure, se eles voltarem toda semana o poder da sugestão pode continuamente sobrepor-se ao problema… ou algumas vezes, infelizmente, ele pode mascarar um problema físico que poderia mostrar-se muito prejudicial ao indivíduo no longo prazo.
Com isso não se diz que curas legítimas não ocorram. Elas ocorrem. Talvez o indivíduo estivesse pronto para livrar-se na negatividade que causava o problema em primeira instância; talvez o trabalho de Deus. Embora Sutphend prefira crer que isso pode ser explicado com o conhecimento existente das funções mentais/cerebrais.
As técnicas e estágios variam de igreja para igreja. Muitas costumam “falar em línguas” para gerar catarse em alguns enquanto o espetáculo cria intenso excitamento nos observadores.
O uso de técnicas hipnóticas por religiosos é sofisticada, e profissionais asseguram que elas estão se tornando ainda mais efetiva. Um cara em Los Angeles está projetando, construindo e retrabalhando inúmeras igrejas pelo país. Ele diz aos ministros o de que eles precisam e como usar. Os registros deste cara indicam que a congregação e a receita financeira dobrarão se o ministro seguir suas instruções. Ele admite que 80% dos seus esforços são em torno do sistema de som e iluminação.
Som poderoso e uso adequado da iluminação são de importância primordial na indução de um estado alterado de consciência — o próprio autor do artigo os usa há anos em seus próprios seminários. Entretanto, os seus participantes estão totalmente cientes do processo e do que eles podem esperar como resultado de sua participação.
Seis Técnicas de Conversão
Cultos e organizações de potencial humano estão sempre procurando por novos conversos. Para atingi-los, eles devem também criar uma fase cerebral. E frequentemente eles precisam fazer isso num período muito curto — um fim de semana, ou talvez mesmo um dia. Seguem as seis técnicas primárias usadas para gerar a conversão.
O encontro ou treinamento toma lugar numa área onde os participantes são desconectados do mundo exterior. Pode ser qualquer lugar: uma casa particular, uma propriedade remota, ou rural, ou mesmo uma sala de convenções de hotel, onde as pessoas podem no máximo fazer uso limitado do banheiro. Nos treinamentos de potencial humano, os controladores darão uma longa palestra sobre a importância de “manter acordos” na vida.
Aos participantes é dito que se eles não mantiverem acordos, suas vidas jamais funcionarão. É uma boa ideia manter acordos, mas os controladores estão subvertendo um valor humano positivo por propósitos egocêntricos. Os participantes juram a si mesmos e aos treinadores que eles manterão seus acordos. Qualquer um que não jure será intimidado até jurar, ou forçado a sair. O próximo passo é concordar com o treinamento completo, portanto assegurando uma alta percentagem de conversões para as organizações.
Normalmente eles têm que concordar em não tomar drogas, fumar, e às vezes em não comer… ou então lhes é dado fazer refeições tão curtas que criam tensão. A razão real para o acordo é alterar a química interna, o que gera ansiedade e espera-se que cause pelo menos uma ligeira disfunção do sistema nervoso, o que a aumenta o potencial de conversão. Antes do encontro se completar, os acordos (ou compromissos) são normalmente usados para assegurar que os novos conversos saiam e encontrem novos participantes. São induzidos a concordar em fazer isso antes de sair. Visto que a importância de cumprir acordos é tão alta na sua lista de prioridades, os conversos vão sacudir os braços de qualquer um que eles conheçam, tentando convencê-los a assistir uma sessão introdutória gratuita, marcada para uma data futura pela organização. Os novos conversos são fanáticos. De fato, o termo usado internamente para vender o maior número de treinamentos de potencial é “vender por fanatismo”. (nota mental: rever a expressão sell by zealot)
No mínimo um milhão de pessoas são graduadas e uma boa parte delas foi
deixada com um botão de ativação mental que garante sua futura lealdade e assistência se a figura do guru ou a organização chamar. Pense nas potenciais implicações políticas de de centenas de milhares de fanáticos programados para fazer campanha pelo seu guru.
Fique atento com organizações deste tipo que oferecem sessões de continuação após o seminário. As sessões de continuação podem ser encontros semanais ou seminários de baixo custo oferecidos regularmente em que a organização vai tentar convencê-lo a ingressar — ou qualquer evento regularmente agendado usado para manter controle. Como os primeiros cristãos renascentistas descobriram, o controle a longo prazo depende de um bom sistema de continuidade.
Agora, vejamos a segunda informação que indica que táticas de conversão estão sendo usadas. Mantém-se uma agenda que causa fadiga física e mental. Isso é inicialmente cumprido por longas horas nas quais aos participantes não se dá nenhuma oportunidade de relaxamento ou reflexão.
Terceira informação: técnicas usadas para aumentar a tensão na sala ou ambiente.
Número quatro: incerteza. Daria para ficar horas relatando várias técnicas para aumentar a tensão e gerar incerteza. Basicamente, os participantes se preocupam quanto a serem postos “na cadeira quente” ou encontrados pelos treinadores, sentimentos de culpa são induzidos, os participantes são tentados a relatar verbalmente seus segredos mais íntimos aos outros participantes, ou forçados a tomar parte em atividades que enfatizam a remoção de suas máscaras. Um dos mais bem sucedidos seminários de potencial humano força os participantes a ficar de pé num palco em frente à audiência inteira enquanto são verbalmente atacados pelos treinadores. Uma enquete pública, conduzida há uns poucos anos, dá conta que a mais pavorosa situação que um indivíduo pode ter de enfrentar é falar em público. Esse medo veio antes até mesmo do que ter de lavar os vidros externos do 85º andar de um prédio de escritórios. Imagine, então, o medo e a tensão que tal situação gera nos participantes. Diversos desmaiam, mas muitos lidam com o estresse afastando-se mentalmente. Essas pessoas literalmente entram em um estado alfa, o que automaticamente os torna muitas vezes mais sugestionáveis do que normalmente seria. E mais uma volta da espiral rumo à conversão foi efetivamente efetuada.
A quinta pista que táticas de conversão estão sendo usadas é a introdução de jargão — novos termos que só fazem sentido para os “iniciados” que participam. Linguagem viciada é também usada com frequência, a propósito, para causar desconforto nos participantes (eis a causa do gerundismo insuportável).
A dica final é que não há humor na comunicação… pelo menos até que os participantes se convertam. Nesse momento, humor e descontração são altamente desejáveis como símbolos da nova alegria que os participantes supostamente “encontraram”.
Sutphen enfatiza, contudo, que não está negando a possibilidade de benefício ao participar de tais encontros. Eles podem e fazem bem. Mas é importante que as pessoas saibam o que aconteceu e que estejam atentas que o envolvimento contínuo pode não ser do seu maior interesse.
Ele diz também que por muitos anos tem conduzido seminários para ensinar as pessoas a serem hipnotizadores, treinadores e conselheiros. Muitos dos que conduzem treinamentos e “rallies” vêm a ele e dizem “estou aqui porque sei que o que estou fazendo funciona, mas não sei por quê”. Após mostrar a eles como e por quê, muitos desistiram do negócio ou decidiram abordá-lo diferentemente ou de uma maneira muito mais amorosa e útil.
Encontros de culto ou treinamentos de potencial humano são um ambiente ideal para observar em primeira mão o que é tecnicamente chamado de “Síndrome de Estocolmo”. É uma situação na qual aqueles que são induzidos, controlados, ou infligidos, começam a amar, admirar e mesmo em alguns casos desejar sexualmente seus controladores ou captores.
Mas deixe inserir uma palavra de alerta aqui: se você acha que pode frequentar tais encontros e não ser afetado, você está provavelmente errado. Um exemplo perfeito é o caso de uma mulher que foi ao Haiti numa “Guggenheim Fellowship” para estudar o vodu haitiano. No seu relatório, ela citou como a música eventualmente induzia movimentos corporais incontroláveis e um estado alterado de consciência. Embora ela entendesse o processo e cresse estar ela própria acima dele, quando começou a sentir que ela própria se tornara vulnerável à música, tentou lutar e se desviou. Raiva ou resistência quase sempre asseguram a conversão. Uns poucos instantes depois e ela estava possuída pela música e começou a dançar num transe ao redor da casa dos encontros de Vodu. Uma fase cerebral foi induzida pela música e excitação e ela então acordou se sentindo renascida. A única esperança de frequentar tais encontros sem ser afetado é ser um Buda e não permitir o afloramento de nenhuma emoção negativa ou positiva. Poucas pessoas são capazes de tal desprendimento.
Antes de prosseguir, retornemos às seis dicas de conversão. Falemos sobre o Governo dos Estados Unidos e os acampamentos militares. A Marinha fala em “destruir” um homem antes de “reconstruí-los” como novos homens — como marinheiros! É exatamente isso que eles fazem, da mesma maneira que um culto faz com seu povo e os reconstrói como floristas felizes na esquina da sua rua. Cada uma das seis técnicas de conversão é usada no acampamento. Considerando as necessidades do exército, não se julga quanto a isso ser bom ou mau. É UM FATO que os homens efetivamente sofrem lavagem cerebral. Os que não querem se submeter são dispensados ou passam a maior parte do seu tempo no xadrez.
Leia a continuação deste assunto aqui: Programação Subliminar.
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