Mensagem subliminar em site da Microsoft

Hoje eu estava lendo o feed de The Secret Diary of Steve Jobs e encontrei dois artigos que me impressionaram um bocado, ambos por causa da forte carga subliminar em anúncios de produtos na Internet.

O primeiro é um tocador de MP3 de uma empresa alemã. O nome do produto é i.Beat blaxx, “I beat blacks”, ou “eu bato em pretos”. Acho bastante estranho associar um produto profundamente ligado ao prazer e à diversão a uma frase cuja sonoridade lembra tanto a violência contra uma minoria étnica.

O segundo artigo, que sugere o título a este texto, diz respeito ao site oficial do Exchange da Microsoft.

Ali é possível encontrar uma animação em Flash (disponível no RapidShare, caso alguém tenha acordado em Redmond) em que aparecem três pessoas de frente para o espectador, e nas costas dessas pessoas uma “via” sobre a qual trafegam diversas propriedades, ou características, do Exchange. Apenas observando a animação, sem deter-se nas palavras, o observador não poderá identificar nada de suspeito, mas ao olhar bem de perto poderá ter uma surpresinha.

Próximo às palavras “builtin” e “anywhere” vemos caminhando lépida e fagueira a palavra “vírus”.

É claro que pode muito bem ter sido um estagiário que vai ser mandado embora (sempre eles levam a culpa), mas eu acho que a imagem diz muito mais do que “ops, esquecemos de revisar esse Flash tosco”.

Para começar, as pessoas todas estão de costas para essas palavras-chave que definem o produto. Ou seja, “estamos agindo nas suas costas”. De repente, o caminho que as palavras percorrem passa pela frente de duas pessoas, que estão distraídas demais com seus telefones celulares ou handhelds, e não prestam a menor atenção no que acontece sob seus narizes. E o cara que está à frente dos demais, posição natural dos líderes (ou dos responsáveis pela segurança de outrem) está de braços cruzados, sem falar em sua cara de aparvalhado.

Ora, não é de hoje que muita gente acredita que é a própria indústria dos antivírus a maior fomentadora da criação de novas ameaças digitais, para garantir o seu mercado. Mais ou menos aquilo que as pessoas estão acostumadas a ver em filmes de mafiosos, quando estes vendem “proteção” aos comerciantes locais. Proteção contra quem, mesmo?

Se quiser achar, caro leitor, que eu sou paranóico, que estou vendo pêlo em ovo, ou que tenho uma imaginação fértil, fique à vontade. Se quiser achar que tem fundamento em minhas elocubrações, os comentários estão abertos. Ou melhor: os comentários estão abertos, mesmo que você queira me chamar de maluco (mas faça direito, ou eu deleto seu comentário :P).

Os links que inspiraram este texto foram encontrados em New feature in Microsoft Exchange server e Where is the outrage?, mas a opinião expressa aqui é minha, e não do Fake Steve.

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