Mark Zuckerberg e Dilma Roussef se reúnem para oferecer wifi rápido à população de baixa renda

Por um lado, parece ser algo fantástico. Por outro, vejo com desconfiança esse movimento que parece ter como objetivo melhorar a qualidade de vida da população de mais baixa renda.

Para quem não sabe, a ideia é levar wifi rápido ao Brasil inteiro, e a favela de Heliópolis em São Paulo vai receber o piloto do projeto. A empresinha do Zucka (também conhecida como Feyce, ou Facebook) vai entrar com a estrutura física, e o governo vai fornecer o conteúdo.

Sacaram a maldade?

Não é Internet livre, tampouco é para as pessoas mais pobres se gourmetizarem e ficarem fotografando sua comida (talvez até seja, já que isso idiotiza as pessoas). É acesso controlado a conteúdo limitado, produzido pelo governo. Não importa o quão boas as intenções sejam, esse tipo de limitação e controle atenta contra um dos mais importantes princípios da cidadania: a liberdade.

Felizmente o povo pode ter a maior cara, mas não é burro. No momento que virem que não conseguem pelo wifi da Dilma acessar os sites que desejam, as pessoas vão simplesmente parar de usar e encontrar soluções criativas para continuar exercendo sua liberdade também no meio digital.

Teorias de Conspiração

Há quem diga que a reunião da Dilma com o Zucka teve como fachada essa Internet controlada e limitada para os mais pobres, mas cujo real teor seria uma forma de monitorar e censurar o que as pessoas postam na rede social mais adorada do Brasil.

Ora, não faz o menor sentido que o governo precise de alguma coisa “especial” para monitorar e censurar as redes. Isso é preocupação de coxinha que se sente perseguido pelo PT e pelo pessoal mais de esquerda.

Se não for por nenhum outro motivo, é pelo de que o Facebook ganha dinheiro com as postagens que as pessoas fazem, com a quantidade de gente que entra diariamente para a rede social dele, para compartilhar discursos de ódio travestidos de liberdade de expressão, frases de autoajuda creditadas a escritores famosos que vomitariam o fígado caso escrevessem aquilo, fotos de gatinhos, de cachorrinhos, de crianças espancadas, de gente morta despedaçada e do que mais a doentia mente humana possa apreciar.

Se o Facebook não censura nem páginas de cunho sexual (que contrariam os termos de serviço), ou páginas crivadas de conteúdo racista, xenófobo, misógino, ou de qualquer outro tipo de discriminação, por que cargas d’água iria censurar os eleitores do Aécio?

Menos, gente. Bem menos.

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