Cinesystem Shopping Total: desrespeito aos clientes

Hoje eu decidi ir ao cinema. Desde que os cinemas de shopping centers se popularizaram que eu tenho dado preferência a eles pela comodidade que o shopping representa em termos de estrutura e possibilidades. Afinal, mesmo pagando um pouco mais caro, é comum a gente pensar que vai encontrar num mesmo local conforto, variedade e bom atendimento.

Mas no caso do Cinesystem do Shopping Total, em Porto Alegre, não é bem isso o que ocorre, e vou dizer por quê.

Antes de entrar no mérito do cinema propriamente dito, vale dizer que fui ao McDonald’s e pedi um Big Tasty. O “prato” é composto pelo sanduíche, uma porção de batatas fritas e um refrigerante.

O refrigerante estava morno, e tive de esperar um tempão até que a grande quantidade de gelo que incluíram no copo derretesse para dar uma refrescada. Ora, eu não pago para tomar gelo derretido (que provavelmente nem é feito com água mineral), e sim para tomar aquela porcaria de refrigerante!

A batata frita estava fria e murcha, e se eu gostasse de tal iguaria teria reclamado com fervor.

E o sanduíche ainda está trancado aqui na goela, e não tenho como comprovar, mas a impressão que se tem é que o controle de qualidade da franquia não atende a loja do referido shopping, ou teria visto que o hambúrguer que eles usam na confecção do Big Tasty é qualquer coisa, menos igual ao das outras lojas.

Contudo, tergiverso.

Eu queria ver o filme “As Crônicas de Spiderwick”, porque vi o trailer e imaginei que a diversão pudesse ser pelo menos próxima à do excelente “A Bússola de Ouro”. Conferi horários no site, e fui para o shopping com meia hora de antecedência. Li e reli os cartazes e indicativos do filme na portaria do cinema, e em nenhum momento foi mencionado que a cópia que estava sendo exibida era dublada. Isso mesmo, caro leitor, em momento algum o Cinesystem Shopping Total informou que a porcaria do filme seria du-bla-da. Eu fui enganado, portanto. Paguei por uma coisa e obtive outra.

Mas tudo bem, esse é um prejuízo aceitável, haja vista eu não ter tido a presença de espírito de perguntar à moça do caixa se o filme seria dublado ou legendado; ela certamente teria me orientado e eu não me sentiria um completo idiota por pagar para ver um filme ruim (e quanto a isso o Cinesystem não tem culpa), dublado de maneira mais porca do que o usual, com um som absolutamente chocho.

Dureza mesmo foi aturar o calor no interior da sala de projeção, pois os digníssimos simplesmente desligam o ar condicionado durante bem mais de meio filme! Se não estão dispostos a abrir a sala para menos de dez expectadores (era pífia assim a lotação da sala), então não abram, mas tampouco torturem aqueles que são a razão de ser de qualquer negócio: os clientes.

Mas tudo na vida tem um lado positivo: foi absolutamente prazeroso sair do prédio do Shopping Total e curtir a brisa noturna, para ter a confirmação de que as melhores coisas da vida nem sempre custam caro; afinal, havia recém gasto uma quantia considerável de dinheiro (até para um problogger) para ao invés do benefício esperado obter apenas frustração.

Depois os cinemas não entendem por que estão perdendo tanto espaço para a pirataria.

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