Lendas Urbanas que Você Compartilha vs. a Verdade
Se você é desses que não pode ver uma foto de criança doente que já sai compartilhando para o Facebook doar dinheiro para o tratamento;
- já recebeu um email dizendo que seu pinto é pequeno, mas que se você clicar no link entrará para os 25% da população que tem um pênis maior que um Samsung Galaxy Mega;
- ou acredita que a TelexFree é um negócio maravilhoso, tá bom de você começar a olhar em volta e ver que o século 21 chegou e está na hora de acabar com essas e outras lendas virtuais.
E sim, Elvis e Jim Morrison devem mesmo ter morrido e dificilmente vai acontecer o mesmo com você por assistir a filmes amaldiçoados, como Incubus. E não, o Paul McCartney não morreu, não interessa em que mão está o cigarro na capa do disco.
A internet é o habitat natural da mentira que circula até tornar-se verdade. Segundo Freud, e isso é verdade, a primeira mentira circulou com o primeiro email, e circula até hoje, junto com aqueles que prometem enviar milhões de dólares para sua conta por um príncipe nigeriano. E por falar nisso…
Índice de Tópicos
Não Existe Príncipe Nigeriano

O email que talvez seja mais antigo do que a internet geralmente começa com a história do príncipe nigeriano.
A Nigéria não tem príncipes, nem família real. O regime de governo é uma república federativa, como o Brasil.
A Coca-Cola Inventou Papai Noel de Roupa Vermelha
Você já deve ter lido em algum lugar que o Papai Noel clássico, de roupa vermelha, é uma invenção da Coca-Cola.
A verdade é que muito antes disso já havia ilustrações de Papai Noel com o mesmo visual.

Ano Passado o Mundo Acabou, Segundo a Profecia Maia

Não só o mundo não acabou, como a foto do calendário que circulou a internet inteira é da pedra do sol Asteca.
E o mundo não acabou de qualquer forma, a propósito.
Os Russos Usaram Lápis no Espaço
Outra besteira que circula eternamente diz respeito ao começo da corrida espacial, nos tempos da Guerra Fria. Segundo essa lenda digital, os americanos gastaram milhões para desevolver uma caneta que escrevesse em gravidade zero, enquanto os russos, mais espertos, usavam lápis.
O fato é que a caneta americana não custou um centavo para os cofres do governo, tendo sido desenvolvida pela empresa Fisher Space Pen Company.
Nas primeiras viagens espaciais, tanto russos quanto americanos usavam lápis, que era um risco tanto de incêndios, por causa da madeira, quanto de partículas de grafite nas partes mecânicas das naves; o fato é que, a partir de 1969, tanto russos quanto americanos usavam a mesma caneta, fornecida pela mesma empresa.
Uma Pessoa Come, em Média, 8 Aranhas por Ano, Enquanto Dorme
Aranhas não têm nenhum interesse na sua boca, a menos que você a encha de insetos antes de dormir.
Se você acha esse argumento insuficiente, pense em como foi feito o estudo, com milhares de pessoas sendo filmadas enquanto dormem para monitorar?
Albert Einstein Desafiou um Professor por que Acreditava em Deus

Casualmente, desfiz duas amizades hoje no Facebook por causa dessa bobagem de proporções bíblicas (inclua ironia aqui).
Reza a lenda que, quando era aluno do equivalente ao ensino médio, Einstein teria provado para um de seus professores que Deus existe. Há várias lendas urbanas tentando associar Einstein à crença em Deus, essa é apenas uma delas.
O fato é que a mesma história já circula desde 1999, pelo menos, sem mencionar Einstein.
Na verdade, Einstein escreveu, e isso é fato:
“A palavra Deus é para mim nada mais do que a expressão e produto da fraqueza humanas, a Bíblia não significa nada além de uma coleção de lendas honoráveis, porém primitivas, tipicamente infantis.”
A frase é parte de uma carta de Einstein para o filósofo Eric Gutkind, um ano antes de Einstein morrer, em relação ao livro de Gutkind, “Choose Life: The Biblical Call to Revolt.” (Escolha a Vida: Uma Convocação Bíblica para a Revolução).
Na mesma carta, fica muito claro o que Einstein pensa da religião em geral:
“Foi, é claro, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que está sendo sistematicamente repetida. Eu não acredito em um Deus pessoal e nunca neguei isso […]. Se há algo em mim que pode ser chamado de religioso então é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo tanto quanto a nossa ciência pode revelar”.