Oi, você está bem?
Embora as pessoas tenham perdido um pouco o hábito de cumprimentar, e mesmo quando o fazem nem sempre há um interesse verdadeiro em saber como o outro está, mas sim cumprir apenas um ritual social vazio, há ocasiões e ambientes em que o nível de confiança é maior, ou os laços são mais verdadeiros.
Em praticamente todos os casos, não importa como a pessoa esteja, à pergunta “como você está?” ela vai responder que está bem. Não importa se este “bem” seja um adjetivo fiel a como se sente a pessoa ou se apenas uma resposta pronta, ensaiada até.
O fato é que a pessoa vai dizer sempre que está bem, enquanto na verdade ela possa estar se sentindo, por exemplo:
- um fardo para os outros;
- com medo;
- cansada;
- enganada;
- furiosa;
- desesperada;
- impotente;
- no limite;
- feia;
- incompetente;
- fraca;
- perdida;
- morta.
Seria bom se todos pudéssemos ler as entrelinhas e identificar quando por trás de um sorriso há um pedido de socorro, quando um “estou bem” esconde sentimentos que a pessoa prefere ocultar para não ser chata, inconveniente, ou mesmo rejeitada.
O nome disso é empatia. Que pena que não se vende na farmácia.