Como fingir ser uma pessoa carismática (de maneira convincente)

Carisma é a habilidade que algumas pessoas têm de encantar ou persuadir outras pessoas graças à sua forma de ser ou de agir. Há quem diga que é um talento inato, embora eu particularmente creia que esta característica possa ser aprendida, desenvolvida e aperfeiçoada com o passar do tempo.

No aprendizado (ou no fingimento) do carisma o mais importante é lembrar-se que não é algo que a pessoa diz, mas sim a maneira como ela age que a torna carismática.

A principal característica de uma pessoa carismática é, sem dúvida, saber demonstrar interesse genuíno pelas outras pessoas. Todo mundo gosta de ser ouvido, compreendido, apreciado (até mesmo os monstros que relativizam racismo, homofobia, misoginia, e que votam em você sabe quem).

E é exatamente por isso que a técnica dos dois segundos funciona: ela faz com que a pessoa com quem se está conversando tenha a sensação de estar sendo ouvida com atenção e interesse.

A técnica consiste em contar mentalmente por dois segundos — 1000, 1001, 1002 — depois de a pessoa terminar de falar, antes de começar a responder ou retrucar.

Ao praticar esta pausa intencional e controlada, a pessoa pode surpreender-se ao perceber que estaria prestes a interromper o raciocínio alheio, quando a pessoa interlocutora só estava fazendo uma pausa para respirar ou para reorganizar os pensamentos.

Claro que há um “risco” ao fazer uso da técnica dos dois segundos: caso a pessoa esteja conversando com alguém realmente incontrolável, que não para de falar por um instante, os dois segundos de espera podem ser suficientes para que o outro pense que deve voltar a falar, falar, falar sem parar.

Mas o objetivo, reitero, é parecer ser mais carismática do que a pessoa realmente é, e se ela só ouvir, ouvir e ouvir uma pessoa que só fala, fala e fala, as chances de esta acreditar no fingimento são bastante altas.