Gerontofilia, o prazer sem idade

Depois da execução de Saddam Hussein e das trapalhadas da Daniela Ciccareli querendo fechar o YouTube, eis que o novo hype que movimenta a Internet é o novo filme pornô estrelado por Regininha Poltergeist, a Louraça Belzebu responsável pela alta incidência de palmas da mão cabeludas em adolescentes e marmanjos da década de 90.

O “fenômeno” não é algo propriamente novo. A mesma produtora já havia lançado películas estreladas por outras beldades de idade mais avançada que o comum para atrizes deste nicho: Rita Cadillac e Gretchen. E os resultados certamente estão sendo satisfatórios. Caso contrário, não teriam investido em novas produções (embora a idade das atrizes pareça estar diminuindo, haja vista os 35 anos de Regininha “Louraça Belzebu” Poltergeist comparados à idade da sexagenária Rita “musa das borracharias” Cadillac).

Em minha opinião, a razão desse sucesso todo das “tias” na indústria do pornô é simples: as pessoas estão perdendo o medo de admitir — para si mesmas, naturalmente — que são gerontófilas.

Gerontofilia, segundo a Wikipédia:

[Gerontofilia] refere-se à atracção sexual dos não-idosos pelos idosos. Pode ser a atração sexual de um homem jovem por uma mulher madura (graofilia ou anililagnia), ou de uma mulher jovem por um homem maduro. Pode ser uma atração sexual e erótica hétero ou homossexual. Muitas vezes se observa que tal relação, mais que uma imposição libidinosa, tem outras motivações, como interesse econômico, busca de proteção, carência afetiva, complexo de Édipo ou complexo de Electra etc.

Discordo da definição da Wikipédia quanto a “muitas vezes (…) tem outras motivações, como interesse econômico”. Talvez esse seja o caso das pessoas profissionais do sexo, garotos e garotas de programa, cuja motivação real é a grana e não o corpo do parceiro. Se o caso fosse mesmo esse a produtora dos filmes acima não estaria já na terceira produção.

Sem entrar no mérito do extremo oposto da gerontofilia (a pedofilia), que é crime embora algumas sociedades ainda o estimulem — haja vista a incapacidade de uma criança de julgar e defender-se —, esta parafilia talvez seja mais comum que as manifestações de afeto homossexuais, por exemplo (embora homossexualidade e gerontofilia não sejam excludentes).

Mas isso não quer dizer que os velhinhos estejam livres de abusos: segundo o artigo (ora inexistente) Gerontofilia do “Blog de um Cidadão” um sujeito foi preso na Bahia porque impingia constrangimento a velhinhas octogenárias, nonagenárias, que iam coletar material para exame de sangue e ele as obrigava a mostrar — e a se deixar tocar em — seus genitais.

Sinceramente, contudo, acho que há muito mais velhinhos felizes, com o moral e a autoestima nas nuvens, do que incomodados com essa nova tendência de os jovens admitirem que curtem coroas.

O importante é ser feliz!

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