Tragam os bolsomínions arrependidos para perto de si!
Recentes pesquisas de opinião mostram que a popularidade do asno está reduzida, e de algum lugar tiraram que 70% reprovam o seu governo. Não vi os números a não ser na hashtag que subiram na campanha de coalizão antifascismo, até porque quero acreditar que realmente o apoio aos facínoras esteja reduzido a 30% ou menos.
Considerando que o helminto foi eleito com a maioria dos votos válidos, se somos 70% querendo ver o fim deste governo necropolítico então tem uma renca de gente que mudou de opinião de 2018 para cá.
É preciso que alguém converse e coordene toda essa gente, para unificar o discurso, e produzir uma frente não de esquerda, mas sim uma iniciativa democrática para combater o fascismo ascendente (com o total apoio das instituições, nem que seja pela omissão).
Mas não esperem que eu faça este trabalho. Comprometo-me no máximo a evitar jogar na cara de qualquer pessoa que tenha votado no escroque que ela tem suas mãos sujas indelevelmente pelo seu apoio à violência e à ignorância. O mesmo para quem anulou ou votou em branco.
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Dois tipos de asnomínions
Há dois tipos de defensores do verme e sua milícia: a pessoa que é extremamente burra e a que é perversa e beligerante igual ao candidato em quem votou.
Os burros ao extremo

Os extremamente burros são aqueles que acreditam em absurdos como mamadeira de piroca, kit gay, “ideologia de gênero” e iniciação sexual para crianças de cinco anos nas escolas públicas.
Honestamente, não dá para perder tempo com mulas desse naipe. Não tem absolutamente nada que se possa dizer, nenhum argumento que se possa usar, que faça esta gente arredar de seus medos e de sua estultícia. Então, não existe por que eu gastar um segundo da minha vida tentando convencer cavalgaduras a raciocinar além de sua capacidade intelectual.
Os perversos

Os perversos votaram no onagro apedeuta por identificação. Mesmo sabendo que ele usava de mentiras para atacar os adversários e amealhar os votos dos extremamente burros; mesmo cientes de que seu desejo era o de exterminar com os que pensam, diferente dele; mesmo sabendo que seu ídolo é um criminoso torturador asqueroso; mesmo com tudo isso evidente, essa gente não viu problemas em votar num sujeito bronco, arruaceiro, visivelmente incompetente e desonesto.
Por quê? Porque essa gente se enxerga na figura patética que escolheu como líder.
E com gente má desse jeito eu também não quero conversa. É até uma questão de autopreservação: eles sempre deixaram claro que gente como eu deve ser eliminada, mandada para a Ponta da Praia. Por que possibilitar a um monstro desses atentar contra minha integridade ou contra minha vida?
O gado arrependido

Não tenho esperanças — mas desejo muito estar errado — de que o gado arrependido venha a somar-se com a parcela progressista da sociedade.
Afinal, se a pessoa acredita em rituais satânicos impressos nos livros didáticos, se ela acha que realmente bebês de sete meses são masturbados sei lá onde na Europa, a possibilidade de ela votar em um candidato progressista numa eventual nova eleição (continuo crendo que a minha geração votou para presidente em 2018 pela última vez) é nula! Ela vai continuar pensando que comunistas comem criancinhas e que obrigam pessoas a transar com quem elas não estão a fim.
A parcela arrependida do gado só está se sentindo traída no momento porque não está conseguindo se sustentar, os “empresários” estão vendo que estão desamparados, os assalariados desassistidos sequer conseguem receber o auxílio emergencial — que terá de ser devolvido futuramente, ou seja, o que parecia um ato necessário de socorro aos mais vulneráveis de fato é apenas uma ação de endividamento dos mais pobres.
Conversem com os arrependidos
Isso posto, peço que o faça quem queira conversar com o gado com vistas em converter votos para qualquer candidato progressista. Mas eu não quero fazer isso, não acredito que estas pessoas possam realmente mudar.
O gado arrependido só está manifestando contrariedade porque não está conseguindo tirar vantagem da situação. Não há uma tomada de consciência vultosa, o que há é meramente marginal — para não desmerecer os que realmente possam ter despertado para a vida; estes são só novos objetos de ódio e candidatos ao extermínio como nós outros sempre fomos.
Mas juro que vou tentar, com todas as minhas forças, não melar o diálogo de vocês quando estiverem jogando xadrez com os pombos. Palavra de escoteiro!