#365Posts – Cliente bem atendido são outros quinhentos
Passei recentemente por duas situações que demandaram que eu fizesse algo que detesto: falar ao telefone. Pior ainda, falar ao telefone com atendentes do tipo “suporte técnico”. Ambas as experiências foram iniciadas por problemas reais, que tentei solucionar online, mas na impossibilidade o telefone foi o recurso viável.
Caso PayPal
Ontem à noite fiz um envio de uma certa quantia de dinheiro para um fornecedor, como sempre faço no dia 12 de cada mês. Instantaneamente recebi o email de confirmação da operação, e alguns minutos depois chegou um outro email de confirmação de operação, porém desta vez tendo como beneficiário um nome russo (pelo menos era escrito todo em caracteres cirílicos — já vi imbecis escrevendo seus nomes brasileiros desta forma também).
Imediatamente entrei na minha conta, troquei senhas e perguntas secretas, e solicitei o cancelamento da operação, já que eu não tinha comprado nada de ninguém “diferente”.
No primeiro momento um email automático deu conta que a operação passaria por uma investigação, e caso fosse constatada a fraude o valor seria reembolsado.
Mas eis que hoje de manhã recebi um email dizendo que eles não identificaram nada de errado com a transação! Imediatamente liguei para o número do PayPal (que veio indicado no email), e fui imediatamente atendido (zero de espera) por uma pessoa que fez a verificação da identidade da minha conta; em seguida ele me transferiu ao consultor que poderia resolver o problema, e outra vez nenhuma espera ouvindo gravação besta. O consultor já sabia quem eu era e do que eu estava falando, e sem expor dados do destinatário do dinheiro me deu informações relevantes sobre o problema: teria sido alguém monitorando minha atividade em minha conta PayPal, usando minhas credenciais de acesso, o que ficou evidenciado pela escolha do valor enviado ao russo: exatamente o mesmo valor que fora pago minutos antes ao meu fornecedor, numa transação totalmente legítima.
Nem bem o consultor terminou de falar e o valor correspondente ao desfalque já estava novamente creditado na minha conta, isentando-me totalmente do prejuízo.
Caso Apple

Está quase completando um ano que comprei um Macbook Pro, e recentemente tive de levar a máquina para revisão (dentro do período de garantia), devido a problemas relativos à bateria. Ao final do conserto decidi que apesar de custar praticamente 900 Reais (eram 1.000, mas à vista um desconto de 10%) valeria a pena comprar o AppleCare para ter a garantia do fabricante por mais dois anos.
Como a minha revenda Apple de confiança não podia vender o AppleCare, comprei online, e hoje a caixinha chegou em casa. Absurdo que não seja um voucher eletrônico, mas como eu já tinha comprado o mesmo produto no passado não me admirei.
Recebi a caixinha e ela estava 100% lacrada, o que me deixou tranquilo. Entrei em casa ávido por registrar logo a garantia estendida, e então me deparei com mais uma fraude: apesar dos lacres externos entregaram-me uma caixa vazia, o lacre interno havia sido rasgado e meu certificado do AppleCare agora estava rodando por aí.
Imediatamente telefonei para a Apple, e a exemplo do PayPal, zero espera pelo atendimento. A menina que me atendeu pediu apenas o número do pedido e disse que uma investigação seria aberta, e dentro de 72h eles fariam a remessa de um AppleCare novinho em folha para mim.
Eu já disse mil vezes que nem sempre o cliente tem razão, mas quando ele tem, ele tem! E neste caso, a exemplo do outro, eu tinha razão, e a Apple não questionou nem me chamou de ladrão safado nas entrelinhas. Apenas marcou a data para o envio do novo certificado, e ainda me garantiu que se por acaso eu perdesse o prazo eu ainda poderia fazer o registro do notebook sem prejuízo da proteção recém comprada.
O que eu acho que aconteceu
Acredito que, embora tenha sido divulgado que o PayPal estaria imune ao bug, minha senha tenha sido capturada em algum site, de alguma forma.
Sempre utilizo senhas fortes (são impossíveis de memorizar, até para mim que as crio), e nunca uso PayPal ou bancos no computador dos outros. Logo, imagino que alguma senha minha tenha sido capturada, e o meliante estivesse só aguardando alguma atividade minha para me roubar.
Já no caso da Apple, deve ter sido alguém de dentro da própria expedição que passou a mão no certificado, já que a embalagem externa estava perfeita. Ou então o sujeito nem sabia o que estava embalando mas ao ver uma NF de 900 contos cresceu o olho.
Seja como for, por piores que tenham sido as experiências que me levaram ao suplício de ter de falar ao telefone, PayPal e Apple mostraram que dá para tratar o cliente com respeito, que não cai um braço por reconhecer que quando o cliente tem razão, ele tem.
Pois é. Eu fui atendida do mesmo jeito pelo PayPal de fora e… quando rolou o problema comigo (bem antes do Heartbleed, mas sei lá) quem deu dor de cabeça por conta do estorno foi a Visa! Pq né? onde já se viu dar dinheiro pra cliente? Foi um saco pra resolver, viu?
Então, Lu…
Foi por isso que achei melhor pedir o estorno como crédito na conta PayPal, em vez de devolver para o cartão. Mas para quem não tem essa possibilidade (afinal, nem todo mundo usa PayPal TODO DIA para pagar contas feito eu), realmente ficar na mão das operadoras é o inferno na terra.
pois é… fiz a história por email e eles não me deram essa possibilidade. Se tivesse feito assim teria BEM menos dor de cabeça.
Pois é. Eu sinto uma saudade enorme do atendimento da época de UK. Principalmente quando era relacionado a bancos e telefonia. Sempre fui muito bem atendida e tive todos os meus problemas resolvidos por telefone. Enquanto isso as empresas brasileiras…só fazem é pisar nos seus clientes.
Sempre achei o site do Paypal meio falho em segurança. Digitar login e senha já na tela de entrada me parece muito estranho.
Sobre o atendimento, esses dias precisei de um reenbolso da blizzard. Meia hora e o dinheiro estava em minha conta,sem perguntas. Precisei do mesmo da Vivo, estou a 03 meses batendo boca com atendente burro,sem conseguir solucionar o problema.