Remédio pra Burro “Véio” é Capim Novo

Estava conversando com um amigo e fui presenteado com um insight muito bacana, que eu gostaria de compartilhar com os leitores do blog.

Tudo começou com a letra da música Capim Novo, de Luiz Gonzaga.

Capim Novo
Luiz Gonzaga
Composição: Luiz Gonzaga e José Clementino

Nem ovo de codorna,
Catuaba ou tiborna
Não tem jeito não
Não tem jeito não
Amigo véio pra você
Tem jeito não
Amigo véio pra você
Tem jeito não, não, não
Esse negócio de dizer que
Droga nova
Muita gente diz que aprova
Mas a prática desmentiu
O doutor disse
Que o problema é psicológico
Não é nada fisiológico
Ele até me garantiu
Não se iluda amigo véio
Vai nessa não
Essa tal de droga nova
Nunca passa de ilusão
Certo mesmo é
Um ditado do povo:
Pra cavalo véio
O remédio é capim novo

A despeito do duplo sentido óbvio que a poesia carrega, há uma informação muito interessante ali.

Pra cavalo véio
O remédio é capim novo.

Tirando os excessos:

Pra cavalo véio
O remédio é capim novo.

Ou seja, o remédio do “velho” (seja o que for) é o novo, a renovação.

Tem um texto que já rodou a Internet umas trinta mil vezes, creditado à Marina Colasanti, que começa com “a gente se acostuma, mas não devia” (link pra busca do Google). Independente de ser dela mesmo ou não, o texto fala a respeito de o quanto a gente vai se apegando a hábitos antigos, sem nem ao menos questionar se eles ainda são válidos ou não.

E quando falo em hábitos estou generalizando, pois podem ser relacionamentos, empregos, pertences, patrimônio, etc.

O resultado de toda essa velharia na vida da gente é que a gente fica velho. É o óbvio ululante, como dizia um antigo professor. E isso não tem nada a ver com idade: aos 35 anos eu me sinto, em determinados momentos, como se tivesse mais do que o dobro disso.

Essa energia toda represada, retida, em hábitos antigos, em objetos obsoletos, esse apego todo, acaba sendo somatizado pelo organismo, na forma de dores, reumatismos, contraturas, etc. Mas pior que isso, vai virando desânimo, cansaço, depressão.

Mestre Lua deixou o ensinamento, que para apreender é necessário lembrar do ensinamento do Cristo: “quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça”.